quinta-feira, 5 de março de 2015

R. D CONGO - SAVE VIRUNGA



Na República Democrática do Congo, o Parque Nacional Virunga pode ser metaforicamente descrito como um “gigante pela própria natureza”. São 650 km que fazem fronteira com Ruanda e Uganda. O parque, fundado em 1925, é o mais antigo da África e contempla a área de maior biodiversidade do continente proporcionado por uma natureza exuberante que inclui florestas, savanas, planícies de lava, pântanos, vales de erosão, vulcões ativos, e os picos glaciais dos montes Rwenzori. Desde 1979 Virunga figura entre os patrimônios mundiais na lista da UNESCO. Porém, desde 1994  também está na lista de patrimônios em perigo devido a diversos interesses em seus abundantes recursos naturais.
A partir dessas constatações, no final de 2014 foi lançado o documentário chamado Virunga. A produção do site de streaming Netflix é dirigida por Orlando von Einsiedel. O documentário retrata de maneira emocionante o desafio dos guardas florestais na árdua batalha para preservar este ambiente.

O documentário



O príncipe belga Emmanuel de Mérode comanda, desde 2008, a equipe de guardas florestais do Parque Nacional Virunga. Juntamente com André Bauma um cuidador de Gorilas apaixonado pela profissão e Rodrigue Mugaruka Katembo um guarda florestal - ex criança soldado - que conhece o parque como poucos. Com os demais guardas florestais esses bravos heróis são a estrutura de defesa do local que luta pela manutenção da biodiversidade bem como pela vida dos Gorilas da montanha, uma espécie rara no mundo que tem como principal lar o parque Virunga.
Além disso, o documentário denuncia os projetos de exploração de petróleo da SOCO INTERNATIONAL, uma petrolífera britânica que pretende explorar o óleo dentro da reserva. Para reforçar as denúncias, a colaboração da jornalista francesa Mélanie Gouby contribuiu para fortalecer as denúncias contra a empresa que, a partir de subornos, manteve ligações com políticos da região e também com a guerrilha armada M 23 que invadiu a cidade e enfrentou os guardas do Parque Nacional Virunga. 



Comentário

As explicações da SOCO não são convincentes. A partir da pressão de várias ONGs como WWF e Human Rights Watch em julho de 2014 a petrolífera britânica se comprometeu, em um acordo, a não empreender qualquer missão exploratória ou cometer perfurações dentro do parque. Porém, segundo as denúncias dos próprios cineastas do filme e da população local, esta batalha está longe de acabar. Os Executivos do Fundo Mundial para a Natureza reconhecem que a SOCO ainda não abriu mão das licenças de funcionamento e não cumpriu o acordo de não monitorar mais a área.

Para se sensibilizar com o tema é simples. Basta você assistir algumas fotos e conhecer o tamanho da beleza natural e da biodiversidade apresentadas pelo parque. Virunga é um patrimônio que não deveria ousar ser tocado, mas que infelizmente é muito cobiçada pelas forças do capital mundial. Se não houver luta contra esse tipo de ação a África acabará conforme uma das frases proferidas por um executivo da petrolífera quando estava sendo filmado sem saber durante o documentário, disse ele: “A África deve ser recolonizada, essa é a solução”.

 Esse é o pensamento de muitos executivos de multinacionais que empreendem negócios milionários sem demonstrar qualquer preocupação com patrimônio sagrados da natureza. A SOCO, em particular, parece estar vivendo no século passado. Obcecada pela região e por seus recursos naturais a empresa exibe em sua página na internet o projeto de exploração de petróleo. Deixarei o link da página abaixo para que todos possam acessar e conferir a empreitada. Quanto ao Parque Nacional Virunga, também deixarei o link do site para que todos possam acessar e ver como ajudar a divulgar essa denúncia. Por fim, não percam o documentário, é emocionante

Fontes: 

Nenhum comentário:

Postar um comentário